Fonte: JCAM
Data da publicação: 8 de maio de 2023
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Acaba de ser lançada no mercado a octaEra, startup que aposta no metaverso para trazer saberes e conhecimentos sobre os povos originários do Brasil e apresentar ao mundo inteiro lugares reais e de difícil acesso, por meio de roteiros imersivos em 360º. As experiências conectam o usuário a diferentes biomas e aldeias de vários povos originários e têm o objetivo de ensinar e reunir temas como vida ancestral, história, biologia, geografia e idiomas, além de democratizar o ambiente de metaverso.
O modelo de negócios é por meio de assinaturas (ver abaixo). Metade da receita líquida será revertida aos povos originários participantes com o objetivo de contribuir para a proteção das culturas e preservação da natureza e do planeta.
No final de 2022, antes mesmo de seu lançamento oficial, a octaEra venceu a 4ª edição do prêmio QQSU (Quem quer ser um unicórnio?), na categoria Inovação. O QQSU é um programa de aceleração de startups que, em seu 4º ano de existência, contou com a participação de 50 projetos concorrendo em três categorias.
A startup foi idealizada por Octavio Tristan Morato Leite, CEO e fundador da octaEra, que após anos de experiência no mundo corporativo fora do Brasil decidiu dedicar seu tempo e vida a projetos socioambientais, em busca de um propósito maior. O desenvolvimento da octaEra se deu por conta de um outro empreendimento pessoal: o Like Old Times (LOT), em que organiza viagens para destinos menos explorados comercialmente, desenvolvendo turismo sustentável, convivendo de perto com a natureza e conectando os turistas com as comunidades nativas em locais como o interior da África ou a Amazônia.
No início de 2022, em uma das expedições, Octavio percebeu que poderia expandir o alcance de sua missão e de seu propósito de vida, compartilhando suas experiências e aprendizados das viagens de uma forma inovadora, atingindo mais pessoas e que pudesse conectá-las de maneira imersiva e singular. “A octaEra nasce como uma oportunidade para pessoas de todo mundo conhecerem locais de difícil acesso. De reservas tradicionais no Mato Grosso a aldeias indígenas recém-criadas no Acre, o visitante tem uma experiência completa da fauna, flora e da música dos povos originários e dos sons da natureza. Assim, o objetivo é permitir que mais pessoas possam interagir com essas paisagens e conhecimentos em seu computador, celular ou até por meio dos óculos de Realidade Virtual (VR)”, afirma o idealizador.
A octaEra fundamenta sua missão com base em oito pilares: Tecnologia, Ancestralidade, Acessibilidade, Turismo Digital, Educação, Natureza, Sustentabilidade e Impacto Social e trabalha com projetos sociais e ambientais, em parcerias com as aldeias presentes na plataforma digital.
“Tivemos a oportunidade de construir o projeto junto com o Octavio. A octaEra nos dá a oportunidade de apresentar aquilo que temos de valores ancestrais para o mundo. É um projeto que tem tudo a ver com as necessidades e valores da nossa aldeia”, conta Naynawa, líder indígena Shanenawa.
Para Yawa Kumã, cacique da aldeia Shanekaya, no Acre, a iniciativa aproxima as pessoas que não têm acesso a essa realidade. “Fico muito feliz porque as pessoas que não conseguem comparecer à aldeia e, talvez nunca terão essa oportunidade, podem ver como é a nossa rotina e a vida das pessoas que moram no meio da floresta”, diz.
De acordo com Bruce Kuikuro, líder indígena da aldeia Kaluani, no Xingu, a octaEra fortalece a cultura indígena. “Muitos jovens não estão se interessando mais sobre a cultura ancestral, então o projeto abriu o caminho para mostrarmos isso de uma maneira diferente, que chame a atenção. Utilizamos isso dentro das escolas e a comunidade achou a ideia interessante”, afirma.
“Esse projeto tem uma força muito grande porque pode ajudar a futura geração, como a minha filha e sobrinhos. Ficamos felizes em nos conectarmos com a octaEra, que serve como um lugar para guardar e arquivar nossa história e conhecimento para sempre. Queremos que as pessoas façam parte disso”, finaliza Sandro, filho da liderança da aldeia Yawarani, do povo Yawanawá.
Educação imersiva
O projeto tem uma grande frente para as áreas de educação nas escolas, universidades e institutos que utilizam conhecimentos de geografia, história, biologia e idiomas tradicionais dos povos envolvidos com a octaEra. Os conteúdos abordados pela plataforma contemplam quase a integridade da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) exigida nos Ensinos Básico e Fundamental (1ª a 9ª série). Dessa forma, a startup se apresenta como uma excelente ferramenta para alunos e estudantes de todo Brasil vivenciarem conteúdos imersivos, na sala de aula, em suas casas e nos celulares que levam no bolso.
Eventos & Parcerias
Outra frente de atuação da Startup está no desenvolvimento de exposições e projetos imersivos, tanto no âmbito empresarial e corporativo quanto no acadêmico, voltado a instituições de ensino, museus, exposições e locais para projetar os conteúdos da octaEra. As parcerias incluem:
White Label — A empresa possui a tecnologia para preparar diferentes experiências imersivas em 360º e criar contextos e apresentações no Metaverso.
Patrocínio Social — Empresas que buscam ampliar sua participação social e apoiar um projeto de transformação.
Como assinar e contribuir para os povos originários:
Acesse o site pelo seu navegador (inclusive pelo Oculus Quest)
Faça seu LOGIN/CADASTRO (free) no canto direito superior.
Na seção (tab) BILHETERIA, selecione um Plano “Social” de acesso ou compre diretamente a entrada para uma experiência.
Ao comprar a entrada direta para uma experiência, você estará contribuindo diretamente com o desenvolvimento da aldeia selecionada por meio do nosso modelo “lucro social”.
Se assinar um dos planos, o “lucro social” será dividido entre todos os nossos parceiros.
Com sua entrada em mãos, escolha a experiência virtual que deseja visitar e ela se abrirá em uma nova janela.
Confira as instruções sobre o passeio virtual durante sua experiência no Metaverso.
Lucro Social Como qualquer startup, a octaEra busca crescer e se tornar uma referência no mercado internacional, mas nunca abrindo mão da sustentabilidade e de seus valores sociais. A empresa trabalha com um modelo de Lucro Social, no qual se compromete a reverter metade dos lucros líquidos com projetos de desenvolvimento socioambiental. Além disso, a proposta da empresa está sempre ligada às práticas ESG, com atuação direta ou indireta em 15 das 17 ODS e buscando um crescimento orgânico e sustentável cada vez maior. Entre seus projetos sociais, a octaEra está desenvolvendo diferentes atividades, como por exemplo: empoderamento para turismo sustentável com comunidades tradicionais; projetos de saneamento e água para aldeias indígenas; e o plantio de agroflorestas. Métodos de pagamento Atualmente, o usuário realizará seu pagamento online, via PIX ou Cartão de Crédito, e terá três maneiras de adquirir seu acesso: por meio da contribuição mensal social (R$ 99), e eventualmente utilizando a modalidade promocional que esteja disponível. Para quem quiser apenas testar, há também um plano de 30 dias, que permite acesso a toda a plataforma (R$ 125). Há também a possibilidade de comprar a entrada para um único programa (como da aldeia Ni Shuvini, na Amazônia, ou da aldeia Kaluani, por exemplo). Este acesso direcionará seu apoio diretamente para a aldeia selecionada e acesso vitalício para a experiência (R$ 99).
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